top of page
MANIA
Cipoesia, ô mania,
vai sempre dando, onde dá.
Seca estala, tempo esfria,
fogo pega matagal:
Será que me curo
dessas flores, cipoal?
Sob setembro repousa
a semente do meu mal.
Novembro: chove sobre o caixão.
Dezembro: o filho parece o pai.
Poesia pelas tíbias
e os joelhos subirá:
Flor laranja que me brota
da orelha, e não devia,
mania inconveniente
das abelhas, me beijar.
Mel fermenta em minha cuca -
Urso venha se fartar.
bottom of page